A Ponta dos Rosais é o único Monumento Natural da Ilha de São Jorge. Este Monumento, considerado como uma das principais áreas protegidas da ilha, abrange cerca de 170 hectares e tem como altitude máxima 376 metros. Devido às suas características geológicas e aos fatores naturais presentes, a que se acrescenta o conjunto extraordinário de espécies de flora e fauna (destacando-se um grande número de aves marinhas nidificantes, como o garajau-rosado (Sterna dougallii), o garajau-comum (Sterna hirundo), o frulho (Puffinus Ilherminieri baroli) e o cagarro (Calonectris borealis)) que alberga, é evidente que acaba por ser muito relevante para a valorização da ilha enquanto destino turístico daqueles que procuram locais recônditos e pouco explorados que albergam um mosaico impressionante de espécies, habitats e de outros locais de interesse.

O Pico da Esperança é o ponto mais alto da ilha de São Jorge, com cerca de 1053 metros de altitude. Daqui, é possível observar as ilhas do Faial e do Pico e, em dias de melhor visibilidade, também se consegue observar a Graciosa e a Terceira.

Além disso, existe ainda um miradouro nas imediações do Pico da Esperança, de onde se pode observar o alinhamento de cones vulcânicos, e que constitui um local privilegiado para a observação de espécies de fauna e de flora típicos da Área Protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies do Pico da Esperança e Planalto Central.

As fajãs constituem um património extremamente importante, em termos paisagísticos, culturais e até mesmo identitários do povo jorgense, pelo que, muitas delas, foram incluídas nas zonas núcleo da Reserva da Biosfera e foram determinantes para a sua aprovação. As fajãs de São Jorge “[…] constituem, assim, um modelo único de ocupação do espaço, que resultou numa forma típica de povoamento, associando socalcos ao aproveitamento de todas as superfícies planas disponíveis e um tipo de arquitetura de grande sobriedade e funcionalidade, que contribuem de forma decisiva para o tipicismo das fajãs.”

Fonte: Governo dos Açores e Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, Fajãs de São Jorge: Candidatura a Reserva da Biosfera, 2015, p.80.

A Igreja de Santa Bárbara, que se encontra localizada  na freguesia das Manadas, pertencente ao Concelho de Velas, representa uma grande referência a nível do património religioso de São Jorge. Esta igreja foi erguida no século XVI e foi classificada, em 1950, como Imóvel de Interesse Público (Decreto nº 37 728, DG, 1.ª série, n.º 04 de 05 janeiro 1950). Possui, no seu interior, uma capela-mor, onde constam seis painéis de azulejo que narram a vida de Santa Bárbara e pinturas representativas de episódios e personagens bíblicas.

Este espaço museológico, cujos trabalhos se desenvolveram a partir das aquisições de arte sacra do Padre Manuel Garcia Silveira (antigo pároco de Velas e fundador deste museu) e onde se encontra um conjunto muito importante de valiosas alfaias litúrgicas, imagens sacras, esculturas e fotografias datadas entre os séculos XVI e XX, encontra-se dependente da Igreja Matriz de Velas.

Em São Jorge mantém-se viva a tradição associada a festividades populares de cariz religioso e que hoje se caracterizam por uma dimensão cultural, artística e social que ultrapassa largamente a vertente religiosa. O exemplo mais paradigmático desta situação as Festas do Espírito Santo, onde, além dos rituais religiosos, também se pratica um vasto conjunto de atividades associadas à gastronomia, ao convívio social e a outras manifestações culturais.

Este território conta ainda com outras festividades religiosas, que associam a vertente religiosa à vertente pagã, sendo estas os Reis (em que os diferentes grupos etnográficos vão de casa em casa cantar os Reis), as Festas de São Jorge, o santo padroeiro da vila de Velas, a 23 de abril, os Santos Populares em junho, e a Festa de Santa Catarina, santa padroeira da vila da Calheta, a 25 de novembro.

A Semana Cultural das Velas oferece um cartaz cultural com exposições, palestras, cortejos etnográficos, música popular e animação noturna. É um evento que conta com uma adesão muito significativa por parte da população local, a que se junta alguns residentes de ilhas vizinhas, inclusive.

O Festival de julho, organizado anualmente pelo município da Calheta, oferece um programa rico em cultura, desporto e muita música. A adesão da população jorgense a este evento tem sido muito positiva e significativa, e até se tem vindo a evidenciar que são muitos os habitantes de ilhas vizinhas que aproveitam esta festividade para rumarem a São Jorge.

Edificado nas ruínas da antiga Fábrica de Conservas de Marie d’Anjou, na Calheta, o Museu Francisco de Lacerda, tem como missão o estudo, a preservação, a valorização e a divulgação do património jorgense e da sua comunidade.

Os Moinhos dos Mistérios são um conjunto de moinhos implantados ao longo da costa da Urzelina. Este conjunto conta com moinhos já abandonados e alguns incompletos, de distintas tipologias: dois moinhos giratórios de madeira do tipo “Faial”; um moinho giratório de madeira do tipo “São Jorge” e dois moinhos fixos de pedra do tipo “São Jorge”.

A Amêijoa da Caldeira de Santo Cristo – que só é encontrada na Fajã da Caldeira de Santo Cristo – é outra referência gastronómica muito apreciada pelos açorianos e pelos visitantes. Por serem bastante maiores das de Portugal continental e por possuírem um sabor distinto e característico, estas amêijoas são consideradas num dos pratos mais procurados na ilha de São Jorge.